domingo, 9 de janeiro de 2011

Meu Diagnóstico - Segunda Parte

Minha família em choque correu atrás de opções. Não sou de me fazer de vítima, mas neste momento não saia de meu quarto, não tinha interesse por mais nada, sequer queria ver pessoas e sim, já estava em depressão ha um certo tempo. Parei minha vida que vinha um cometa profissionalmente, me distanciei de todos e me isolei do mundo.
Foi então que uma amiga médica me levou ao Hospital das Clínicas onde conseguiu que eu fosse atendido pelo Departamento de Oftalmologia. E desta maneira, pela primeira vez, eu realmente estava sendo diagnosticado decentemente onde acabei conversando com outros que tinham o mesmo problema de diversas idades.

Ter conhecido outros com o mesmo problema, dividir os problemas me ajudou emocionalmente e este foi um dos motivos de eu ter criado este blog.

Fiz inúmeros exames e então foi diagnosticado que realmente eu tinha ceratocone, já avançado no olho direito sem opção de lente, apenas para o olho esquerdo. Foram feitas as medições e então a lente rígida que, devida a tecnologia e capacitação dos profissionais do HC era como se fosse uma lente gelatinosa, quase não sinto até hoje a mesma.
Sou agradecido por minha família ter me guiado a uma solução, e a esta amiga Dra. Paula por ter conseguido me incluir no HC para meus tratamentos.
Minha depressão, lutei muito mas da depressão só sai se você quer. Não adianta ninguém dizer para você sair até porque demora muito para que possamos assumir a condição de deprimido para nós mesmos.
Hoje enxergo uns 70% do olho esquerdo e 0% do direito mas sei que tenho opções, não sou vítima, minha qualificação profissional não se resume aos meus olhos e não deixo de ser mais ou menos atraente por questão de problemas visuais.
Existe sim qualidade de vida, demorei para perceber, demorei para aprender a trabalhar isso dentro de mim e como trabalhar o pré conceito dos demais e isto estarei abordando em uma próxima postagem.

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