domingo, 9 de janeiro de 2011

Meu Diagnóstico - Primeira Parte

Eu tinha 27 anos e até então uma visão abençoada. Comecei a sentir um pouco de dificuldade e marquei uma consulta no oftalmologista do convênio. Logo pensei: "droga, vou ter que usar óculos ou lente". Fui a consulta e o médico iniciou o exame padrão, do equipamento padrão de todo e qualquer consultório: "assim esta bom? e assim? melhor assim? e agora?"... para mim nada mudava.. foi então que o médico disse: "vamos marcar alguns exames para fazer um diagnóstico". Perguntei: "doutor, não é miopia?" ele disse:"Não sei dizer o que é por isso os exames" (exame de sangue e afins). Nem dei sequência, marquei com outro oftalmologista do convênio. E novamente, com equipamento padrão, ao término no exame ele disse: "Sente-se". E então lançou a bomba: "É muito incomum, mas ao que parece você tem ceratocone. Não tem cura e em dez anos você vai ficar cego".
Pronto, o meu mundo caiu. Em um momento em que minha mãe se tratava de um câncer de mama, como contar em casa uma situação destas? Enfim, o oftalmologista informou que eu passaria por uns dias de adaptação de uma lente rígida que daria um pouco de visão porém nada confortável. E ele não mentiu. Com seus equipamentos padrões fez as medições e então fiz as lentes. Doía demais... arranhava, ardia... não suportei sequer um mês e abandonei as lentes. Não contei a gravidade aos meus pais onde eu decidi por esperar tudo se tranquilizar melhor em casa.
Logo, minha visão começou a piorar e quando achei ser o momento certo, meu pai sofre um infarto. Adiei mais uma vez... passar por algo assim sozinho é muito ruim, foi uma opção pessoal da qual não me arrependo, o momento exigia, mas não vou negar que foi ruim. Porém minha visão piorou e chegou num ponto que sequer aguentava a luz do sol. Chamei minha família e informei a eles minha situação. Um baque claro.

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